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Leste da Cidade

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Dom Out 10, 2021 4:07 am
Zona Leste da Cidade. A região mais pobre de Byentil Alleguder. Se você quer algo ilegal, é aqui onde vai conseguir.

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Seg Out 18, 2021 1:02 am
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Regardless, The Destiny Will Unite Us





A noite caía na grande cidade de Byentil Alleguder. As chamas das velas começavam a crepitar, e o som antes das ruas começava a ser ouvido dentro das casas, bares, restaurantes e estalagens. A neve havia dado uma trégua nos últimos quatro dias, porém o frio continuava a manter os narizes das pessoas vermelhos, e suas roupas fechadas para aquecerem-se.

O pôr do sol atrás da parte oeste da cidade, mais alta, projetava sombras opressivas perante aqueles que estavam na região mais desfavorecida da cidade. Miados de gatos que brigavam por coisas que ninguém ligava ouviam-se, assim como latidos de cachorros que defendiam seus territórios.

Andando por algumas vielas, carregando uma bolsa, uma garota loira procurava algum lugar para ficar. Vendo que cada vez estava mais perto da noite, apressou seu passo para achar uma estalagem para poder se abrigar. Não gostava muito das que haviam naquela região, mas era melhor que ficar sozinha na noite fria. Após entrar em ruas questionáveis que pareciam um labirinto e passar por ruas mais largas, achou uma estalagem que parecia aconchegante, o Svart Katt.

Leste da Cidade 360_f_10

Entrando, ouviu um burbúrio das pessoas que falavam apenas para suas mesas, e uma ou outra voz mais alta chamando pela atendente. Ignorando, se dirigiu ao balcão e pediu por um quarto. Sorridente, a balconista lhe entregou uma chave, e a garota subiu para ter seu merecido descanso.

Ao entrar, checou duas ou três vezes se trancou a fechadura, e se jogou na cama. Sequer reparou na decoração com um belo escudo vermelho com azul na parede, ou na janela entreaberta. Tinha comida consigo, então não pediria nada. Suspirando, apenas queria dormir, e logo tratou de atender seu desejo.

Leste da Cidade Separa10

Fugindo de um bar onde uma briga começou, um rapaz corria por entre as vielas da região leste de Byentil Alleguder. Não se lembrava por simplesmente não estar prestando atenção, mas aparentemente ele começou a briga por esbarrar em um dos bêbados do lugar.

Porém como não queria apanhar ou ser morto, o melhor era fugir, por mais que fossem insistentes. Ao virar uma esquina, notou que estava na rua de uma boa taverna, e como uma janela de um quarto no segundo andar estava aberta, pulou para dentro dele. Ouviu que os passos furiosos atrás dele passaram por ali, e suspirou aliviado. Olhou para a parede a sua direita e viu um belo escudo vermelho e azul, e pensou se poderia dormir ali esta noite. Isto é, até notar uma garota de cabelos pretos e olhos alaranjados o encarando.

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-Quem... é você? - Questiona a dona do quarto.

Ela o analisa por inteiro. Seus cabelos eram castanhos escuros e seus olhos verdes. Ele também tinha uma cicatriz de baixo do olho, e viu de relance outra em seu braço. Talvez tivesse mais pelo corpo. Não era exatamente alguém memorável, porém estava longe de ser esquecível.

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-Eu... Eu não sou ninguém. Isso. Só estava fugindo de um pessoal aí. - Ele sorri após dizer isso.

-Sei... E por que está no meu quarto?

-Foi a primeira janela que eu vi... Mas já vou sair, não se preocupe. - Ele se levantou, sem graça por querer ficar ali e voltou para a janela. - Se cuide! - E pulou para fora, desaparecendo na noite.

-Cara estanho... - Ela se levantou e tratou de fechar a janela, para impedir que mais gente entrasse. Espero que... Ao menos fique bem nessa noite.

E voltou a dormir, pensando naquele que entrou em seu quarto. Era melhor descansar, pois poderia fazer mais dinheiro no outro dia.

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Asdis
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Ter Out 19, 2021 11:44 pm
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Aquele dia esgotante finalmente estava acabando e a noite estava chegando. De manhã era uma linda garota de cabelos dourados, porém de noite escondia algo. Precisava rapidamente de um lugar para ficar, pois não gostava de parecer de noite. Era tão acostumada a ficar presa no quarto na parte da noite que a garota só ficava trancada em qualquer canto daquela cidade até o amanhecer, ou ficava vagando completamente coberta, da cabeça aos pés. 


Estava procurando algum lugar para ficar depois de ter ganhado uma certa quantia em dinheiro. Sempre esperava não ser reconhecida, mesmo sendo uma figura pública. Não queria ser reconhecida como a princesa que havia desaparecido, pois poderia correr mais perigo. Sendo assim, as vezes andava com outros tipos de vestes para pensarem que ela era apenas parecida com a princesa desaparecida e ganhava dinheiro cantando de dia, pois tinha uma voz digna de um anjo.


Enquanto ouvia as crianças correndo, os gatos brigando e os passarinhos cantando, finalmente encontra uma estalagem aparentemente bem aconchegante, o Svart Katt. Como já estava anoitecendo, rapidamente entrou no estabelecimento enquanto se dirigia ao balcão. Ao chegar, pediu por um quarto e a balconista rapidamente a entrega uma chave, sorrindo. Em retribuição, a garota também sorri.


Chegando no quarto, checou a fechadura duas ou três vezes antes de se jogar na cama, pois estava cansada depois do dia bem exaustivo. Apenas querendo descansar, pois no dia seguinte o dia seria longo. Era tão acostumada a ficar no quarto que aos poucos parou de ver a lua e as estrelas pela janela, pois passou a ter medo daquilo e por isso sempre desejava que a noite passasse logo para a manhã chegar logo e a sua beleza aparecer novamente. Se achava feia de noite, a sua verdadeira aparência e tudo por culpa de sua família, principalmente o pai. 


Aos poucos estava pegando no sono até que ouviu um barulho em seu quarto. Achando que era algum gato ou algo do tipo, se levanta da cama até se deparar com um rapaz de cabelos castanhos, olhos verdes e algumas cicatrizes. Rapidamente se assusta, colocando um travesseiro na frente do rosto. Infelizmente havia sido vista da maneira que não gostava de aparecer ou algo do tipo... Palavras confusas.


--- Quem é você?  - Questiona, ainda com o travesseiro na frente do rosto. A garotas de cabelos negros e olhos laranjas realmente não queria ver vista.


-Eu... Eu não sou ninguém. Isso. Só estava fugindo de um pessoal aí.  - Ele sorri após dizer isso.


--- Sei... E por que está no meu quarto?


-Foi a primeira janela que eu vi... Mas já vou sair, não se preocupe. - Ele se levantou, sem graça por querer ficar ali e voltou para a janela. - Se cuide! - E pulou para fora, desaparecendo na noite.


--- Cara estanho... - Ela se levantou e tratou de fechar a janela, para impedir que mais gente entrasse. Espero que... Ao menos fique bem nessa noite.


Se deitando na cama novamente, fica se perguntando se aquele rapaz, o invasor, ficaria bem. Poderia até dividir o quarto, porém estava tão paranóica em relação a sua aparência que não gostava de ser vista daquela forma e se achava uma aberração. Preferia ficar sozinha e isolada, como sempre foi acostumada, com a solidão reinando. Estava tão acostumada com a solidão de noite que nem se incomodava tanto, porém ao mesmo tempo ficava triste em ficar sozinha como sempre ficou pela noite e por isso odiava a noite. 


--- Será que isso tudo irá acabar? Será que serei bonita de manhã e de noite? - Suspira, quase pegando no sono, rezando para aquilo tudo, em relação a invasão ao seu quarto, tivesse apenas sido um sonho e que não tivesse sido vista daquela maneira. 


Estava prestes a dormir quando ouve uma voz. Ok, não se sentia completamente sozinha, pois as vezes, sendo praticamente todos os dias, espíritos costumavam visitá-la e as vezes até madrugava conversando com eles. Esse dia foi igual, com espíritos, um casal e um gato, a visitando e ambos começam a conversar até que a garota aos poucos vai pegando no sono. Os espíritos resolvem deixá-la dormindo, imaginando que o dia daquela garota havia sido bem cansativo.

Finalmente o dia chega e a garota se acorda com algo a cutucando. Seria o gato da noite anterior a acordando, pois o dia finalmente estava começando. Aquele gato era frequente na vida de Asdis, então já era acostumada com suas visitas. 


--- Bom dia, senhor belo gato. - Sim, esse era o nome do gato e não havia a garota que havia dado esse nome, ele havia vindo com esse nome. 


Aos poucos vai se levantando da cama e em seguida vai até o banheiro para se banhar. Em seguida se enxuga e se olha no espelho, sorrindo com o que estava vendo no espelho.


--- Finalmente estou linda novamente! 


Animada, abre a sua bolsinha de pato e puxa uma blusa simples e um short, roupas que não eram consideradas dignas para uma princesa se vestir, porém como não queria falar que era a princesa desaparecida... Era estranho como uma roupa cabia em uma bolsa tão pequena. A bolsa teria fundo infinito, então cabia praticamente tudo nela. 


Enfim, se veste, se arruma toda, se perfuma e em seguida desce para o andar debaixo, indo comer algo e em seguida paga a balconista por conta da noite anterior. Com um sorriso belo e maravilhoso, agradece a balconista e a deseja um bom trabalho. Na praça da cidade, um lugar que era bem movimentado, a garota respira fundo, coloca uma lata de dinheiro com uma corda amarrada em sua perna, para evitar roubos, bate as mãos querendo chamar a atenção de alguém e em seguida começa a cantar com aquela sua maravilhosa voz, digna de inveja. Pessoas e mais pessoas iam colocando dinheiro e quando a garota terminava de cantar, sempre pediam por mais mesmo que alguns nem fossem mais colocar nada, porém queriam ouvir a garota cantando mais uma vez. 


--- Ok, só mais uma.


A garota começa a cantar mais uma música enquanto as pessoas ao redor estavam maravilhados com aquela voz. Como aquilo era possível? Ela estava cantando em um tom de voz que prendiam a atenção as pessoas, os deixando praticamente hipnotizados pela aquela voz. Bom, não estava cantando em um tom de hipnose e sim para chamar atenção, porém alguns se sentiam hipnotizados pela maravilhosa voz e cantoria. Alguns estavam até lá também por conta da bela aparência da jovem e é dessa forma que ela ganha dinheiro todos os dias.
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Galahad
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Sáb Out 23, 2021 4:33 pm

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-Amanheceu, é...

Galahad se esforçou e se levantou. Não conseguiu entrar em nenhum lugar para dormir, depois de roubarem seu dinheiro. Talvez devesse começar a pensar em se mudar para um dos reinos humanos, mas gostava de ver todas as raças vivendo de maneira relativamente pacífica.

Andou por várias ruas e vielas, tentando achar quem roubou seu dinheiro. Precisava dele pra poder comer alguma coisa, mas estava difícil achar. Infelizmente, tinha zero dotes artísticos, então não poderia fazer dinheiro desse jeito.

Indo para a rua principal procurando gente para poder tentar trabalhar por alguma grana, seja vendendo ou ajudando a carregar caixas, começou a ouvir uma bela voz, que começou a entrar em sua cabeça. Ao se virar para a direção dela, viu uma bela garota loira cantando.

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Como estava sem nada para fazer, se aproximou para ouvir melhor. Algo na música o deixava desconfortável, mas ignorava pela qualidade. Quanto mais passava o tempo, maior era o número de pessoas se reunindo. Enquanto observava a multidão, viu uma movimentação estranha, e logo eles estavam se aproximando dela.

-É proibido cantar nos dias que os nobres precisam passar por essa espelunca, sabia? - Pela vestimenta, era um guarda da área nobre, acompanhado de outros cinco.

-Mas não é proibido...

-Agora é, mudou essa manhã a lei. - Ele deu um sorriso horripilante.

Os populares perderam o interesse e dispersaram. Agora, era apenas a loirinha contra os guardas. Um deles abaixou e cortou a corda que usava para garantir não ser roubada e pegou o dinheiro que ela conseguiu.

-Esse dinheiro sujo está sendo confiscado pelo governo.

Quando ela foi abrir a boca para reclamar, o chefe dos guardas tapou sua boca.

-Eu não sou burro, eu sei que você usa magia musical. Você não vai conseguir fazer nada se não puder falar.

-É por isso que eu estava com uma sensação estranha quando ouvi a música... - Disse o jovem de cabelos castanhos se aproximando.

-Não se meta em assuntos oficiais, moleque. - Respondeu rispidamente o guarda.

-Eu me meto sim, principalmente se estão querendo machucar uma moça indefesa.

Os guardas colocaram suas mãos nas espadas, e quando foram sacar, perderam o dinheiro que pegaram. E atrás deles, estava Galahad.

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-Vocês são bem lentos.

E em outro instante, se pôs atrás da cantora. O chefe dos guardas, que ainda tampava a boca de Asdis, tentou socá-lo, mas foi em vão. Galahad apenas desviou para o lado.

-Peguem eles!

Antes que pudesse chegar perto, Galahad colocou a garota nos ombros, e como se moveu antes entre os guardas, desapareceu.

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Asdis
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Dom Out 24, 2021 9:56 pm
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Estava querendo se vingar dos guardas e pegar o seu dinheiro novamente. Poderia usar o seu título de princesa, porém não queria voltar para casa e viver a sua vida de sempre. Mesmo tendo todo o luxo, ela não tinha duas coisas: amor e liberdade. Bom, no momento ela só estava pensando em pegar o seu dinheiro de volta, algo que ela poderia conseguir novamente se cantasse, porém queria vingança.

--- Esses infelizes... Eles vão ver só quando eu jogar o tijolo em cada um deles. 

Respira fundo, dando para perceber que estava deveras emburrada. Cantando uma música curta e em uma outra melodia para se acalmar um pouco. Logo após cantar a música em tal melodia, estava bem mais tranquila.

--- Agora sim está tudo mais tranquilo.

Soltava um sorriso bobo enquanto finalmente estava pronta para agradecer o herói que havia a salvado, mesmo conseguindo se defender sozinha.

--- Bom, eu gostaria de...

Ao observar o rapaz, rapidamente trava, pois seria o mesmo da noite anterior. Fica pensando várias coisas, como se estivesse ficando paranóica. Tentando disfarçar, solta a sorrir novamente, o observando de cima até embaixo.

--- D-de agradecer por ter me salvado. Eu não sei como posso retribuir, já que aquele corno vagabundo e nojento pegou o meu dinheiro... Eu deveria bater nele com uma barra de ferro. 

Falava aquilo de uma maneira tão tranquila e natural, pois suas emoções e personalidade costumavam mudar de uma hora para outra.

--- Boooom, eu me chamo As... Tória! Isso, Astoria.

Pensativa, a princesa resolveu mudar o nome para não ser reconhecida, mesmo com ninguém a reconhecendo por conta de suas roupas.

--- E você é obviamente uma pessoa que eu nunca vi na minha vidaaaaa toda. Hoje é a primeira vez que o vejo, a primeira.

Acaba rindo um pouco pouco para cortar aquele clima.

--- E você, como se chama?

Pergunta de uma maneira educada e com um sorriso bobo.

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Dom Nov 07, 2021 5:55 pm
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Galahad ouviu prestando atenção a falação da garota, e notou como ela tinha uma boa habilidade com magia musical. Realmente, até ele era afetado pela melodia da menina. Achou estranho e até suspeito o jeito que ela começou a fingir que nunca se viram antes, mas talvez fosse alguém que cantou em algum bar que saiu fugido sem pagar.

-Certo, As Toria, né? - Ele sorriu para a garota. - Meu nome é Galahad. E sobre como pode retribuir... - Galahad olhou para o lado, procurando onde exatamente guardou a bolsa de dinheiro. - Eu peguei seu dinheiro. Pode me pagar um almoço.

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"As Toria" pegou o dinheiro da mão de Galahad muito feliz, já que seu árduo trabalho não foi em vão. Ela guiou Galahad até um restaurante, e pediu dois pratos para almoçarem. Era um lugar aconchegante, especialmente no inverno que não acabava mais.

-Então, As Toria, onde você aprendeu a usar magia?

-Bom, vamos dizer que eu vim de uma família bem humilde, então no meu tempo livre, quando não estava tentando ganhar dinheiro, costumava frequentar a biblioteca para ler alguns livros e um dia acabei encontrando um sobre magia.

-E foi nessa mesma biblioteca que aprendeu a cantar?

-Aprendi a cantar depois de um tempo. Vamos dizer que tive uma inspiração para isso.

-Desde então perambula por essa cidade, pelo que vejo.

-Sim, digamos que sim. - Asdis preferia mentir do que dizer a verdade, por isso a cada resposta pensava em algo para dizer. - E você, por qual motivo me ajudou?

-Eu odeio ver essas injustiças. Esses caras não tem nenhum código de honra e se aproveitam de uma menina só por serem maiores que ela.

-Bem que poderíamos dar uma lição neles, né?

-Isso só vai trazer mais problemas... Mas já que insiste, é só sair do restaurante, eles estão na porta. - Galahad se levantou, e mostrou o caminho para a garota. - Mas lembre-se. Ir atrás de uma briga pode significar que eles vão voltar com muito mais gente, e as coisas podem sair de controle. Não seja irresponsável.

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Dom Nov 21, 2021 7:04 pm
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--- Você está com medo, isso sim. E outra, quem disse que eu preciso sair na mão com alguém se eu posso usar magia? Por incrível que pareça, a música é bastante útil em várias situações do dia a dia.

Asdis resolve se levantar da cadeira e ir na direção da porta, porém estava percebendo que estava ficando cada vez mais tarde, olhando o sol pela janela do estabelecimento. Suspira, resolvendo voltar e novamente se senta na cadeira, pensativa.

--- Eu não estava falando em brigar. Eu estava pensando em...

"Astória" faz uma arma com os dedos, mira na própria cabeça, aperta o gatilho e...

--- Baaaam, baaaaam.

Entra em uma rápida crise de risos, voltando a sorrir de maneira meiga e inocente dez segundos depois. Suspira, olhando para a janela, dando para perceber que a garota se preocupava bastante com a hora ou algo do tipo.

--- Eu confesso, você tem razão. E outra, um ataque sem planejar nada seria uma coisa bem idiota... Eu precisaria de um pouco de tempo para pensar, meu salvador.

Um pouco inquieta, começa a mexer um pouco no cabelo.

--- Bom, e de onde você... Bom, me fale mais sobre você. Perdão, estou sem perguntas e ao mesmo tempo estou com tantas.

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Ter Dez 14, 2021 4:56 am
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No More Lies


No momento que Galahad iria responder Asdis, ambos são interrompidos com um estouro na porta, que se abre violentamente. Todos ali presentes instintivamente seguraram suas respirações, enquanto ouviam os passos pesados de homens de armadura entrando no restaurante. Galahad franziu a testa e estreitou os olhos, e Astoria os arregalou. Dessa vez, havia um emblema governamental na armadura. Ela olhou para o homem em sua frente, com medo do que fosse acontecer. Seus olhos gritavam que aquilo era horrível, e que queria sumir dali o mais rápido o possível, quase como se suplicassem por ajuda.

-Não tem jeito, né... - Galahad disse após um suspiro.

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Ele se levantou e pegou a garota pelo braço, que inclinou a cabeça em confusão.

-A gente vai sair daqui, se segura firme.

Asdis apenas segurou com as suas duas mãos no braço dele e fechou os olhos. Logo depois, sentiu um empurrão com muita força em todo seu corpo, como se seus braços fossem rasgar. O ar parecia como uma parede que ela se jogou, tamanha a resistência. Ainda fora do que realmente aconteceu, ela murmurou:

-Por favor, seja mais gentil da próxima vez...

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Quando abriu os olhos, viu que estavam atrás dos guardas, no meio da rua. Galahad se virou para olhar para ela, e seus olhos estavam diferentes. Durou menos de um segundo a visão que teve, mas não eram os olhos de um humano normal. Humanos normais não tem o brilho e a presença de uma galáxia em seu olhar.

Um dos guardas se virou e viu ambos no meio da rua, e gritou para alertar seus companheiros. Imediatamente, eles se viraram e viram que seus alvos estavam na rua. Começaram a correr para fora do restaurante, e Galahad ajeitou sua postura. Estava tentando decidir a melhor opção a seguir.

-Ei Astoria, o que você quer... Fazer? - Quando se virou para falar com a garota, a viu como uma boneca de pano jogada sentada no chão encarando o nada com um olhar opaco, e escorrendo muito sangue de seu nariz e boca. - Merda...

Asdis queria se mover. Seu corpo lhe dizia para se mover, mas não conseguia. Um zumbido forte penetrava seus ouvidos, e ao longe ouvia uma comoção. Aquilo com certeza era obra de algum espírito, porém era tão forte que não sabia dizer do que ele se tratava. Já havia visto vários arrependidos e fortes, mas nada se comparava à isso.

Caminhando por entre a rua deserta causada pela alucinação, viu um homem velho encapuzado andando em sua direção com passos pesados. Todos pareciam ecoar em seu zumbido, se aproximando lentamente. Ele a olhava com uma expressão que ela sequer conseguia entender o que queria passar. Sua barba longa se conectava com suas sobrancelhas tão longas quanto. Seu cajado parecia tanto um apoio quanto a gadanha da morte, pronta para pegá-la.


Uma gota de suor congelante correu por toda a espinha de Asdis, que tremeu de medo. Ela batia os dentes rapidamente. O ar parecia mais gelado com a aproximação dele, e ele encarava no fundo de sua alma. Ele abriu a boca, tomou fôlego e com sua voz rouca, pôs-se a falar.

-Eu duvido que tu não tenhas sentido, princesa. - O medo de Asdis se intensificou. Ele sabia sua identidade. - Aqueles que regem os céus, Asgardianos degradando-se em temores não cessam o castigo perpétuo de Jord, temendo que Naglfar chegue... - Ele lentamente se aproximava de seu rosto. Algumas lágrimas escorriam de seus olhos. - Não diga que não consegue ver, Asdis. Olhe para o céu... Ele queima! - Com uma força que uma figura decrépita não deveria ter, empurrou a cabeça da garota para cima. O céu era vermelho. Fogo o pintava. - As garras de Fenrir rasgam a carne dos deuses, trazendo os rios de sangue do Ragnarok!

Leste da Cidade Sample10

Lágrimas escorriam do rosto de Asdis, que não aguentava mais. Antes que o espírito sumisse, sua consciência se esvaiu.

Asdis abriu seus olhos e viu o céu estrelado da noite. A lua brilhava no céu, e conseguia ver sua respiração formar vapor. Nem meio segundo depois, notou o que estava acontecendo. Estava na rua a noite.

-Cara, você ficou dormindo desde aquela hora até agora. Eu achei que você fosse morrer. - Ela ouviu uma voz familiar e olhou para ela. Galahad. E pela posição que estavam, estava deitada no colo dele.

-Você... me viu assim... - A garota se encolheu de medo.

-Sim, já tinha visto ontem de noite.

-Mas...

-Eu já sabia que era você. O jeito que você agia era muito suspeito. E você não é muito boa em esconder sua magia.

Asdis ficou em silêncio. Não tinha certeza do que responder. Galahad suspirou e passou a mão pelos cabelos da garota, que cedeu a tensão dos ombros.

-Então você não vai fugir de mim? Por mudar de aparência assim...

-Por que eu deveria? - Ela novamente ficou em silêncio, mas com um sorriso no rosto.

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-Mas aí, aqueles caras realmente te queriam. E duvido que vão te deixar por aí agora...

-É. Eu imagino.

-Por que eles te querem tanto assim?

Galahad olhou no fundo dos olhos alaranjados de Asdis esperando uma resposta.
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Asdis
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Dom Dez 26, 2021 11:25 am
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Asdis estava pensando em contar qualquer história, mas pensou bem e estava mais ou menos preparada para contar a verdade. Na verdade estava pensando seriamente em contar que era filha de ladrões.

--- Ok, tentarei resumir a história.

Respira fundo.

--- Eu sou a princesa Asdis e de manhã eu sou linda e de noite sou feia. Bom, e eu não quero voltar para casa.

Para um pouco para respirar.

--- Ninguém sabe que na verdade a minha aparência é essa e por isso eu só costumava participar dos eventos que ocorriam de manhã lá no castelo e em outros reinos.

Respira fundo.

--- De noite eu era presa no quarto e o rei sempre dizia que eu era uma princesa tímida, mas na verdade ele não quer que me vejam assim já que de toda a família eu fui a única que nasci diferente.

Suspira, respirando fundo.

--- Aí um dia estávamos em uma carruagem, quebrou, caí no rio e aí agora estou aqui fingindo ser outra pessoa que todos acham ser parecida com a princesa quando na verdade eu sou a princesa, porém não me reconhecem por conta das minhas roupas bem simples. Bom, só acham que sou bem semelhante.

Respira fundo mais uma vez, tentando terminar a história.

--- E aí fico cantando para conseguir dinheiro já que não quero voltar para casa e todas as noites eu fico presa em um quarto para que ninguém me veja como realmente sou e para o meu azar você está me vendo assim agora. Fim.

A garota havia falado tanto e tão rápido que já estava praticamente sem fôlego.

--- Gostou da história ou preciso contar novamente, porém de uma forma mais resumida?

Pergunta, batendo palmas por alguns segundos para cortar toda aquela tensão que estava sentindo.

--- É uma linda história, não acha? Bom, eu não acho... De qualquer forma eu não quero voltar para casa e infelizmente estão...

Resolve ficar calada, porém não conseguia esconder que estavam oferecendo uma recompensa se alguém levasse a princesa de volta para o castelo, pois vários cartazes estavam espalhados pela cidade.

--- Você tem alguma coisa que consiga me cobrir? Não quero que mais ninguém me veja assim.

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Galahad
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Sex Dez 31, 2021 5:28 am

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-É uma história bem complicada, Asto- Asdis... - Falou Galahad coçando a bochecha. - Mas faz sentido, o rumor da princesa ter desaparecido era bem forte, e isso explica tudo.

Ela se levanta do colo dele e se senta de costas para ele, para esconder seu rosto. Vendo aquilo, Galahad apenas suspira.

-Aqui. Uma máscara. Se usar com um capuz, ninguém vai ver seu rosto. Então vamos poder andar por aí a noite.

-Vamos? - Perguntou confusa por ser colocada junto dele.

-Vamos. Eu ouvi os cavaleiros comentarem que estava causando muito problema, e isso vai colocar eles na sua cola. Pode apostar que eles vão te seguir até o fim do mundo, e você vai ser descoberta. E eu sei de um jeito melhor de ganhar dinheiro.

Asdis suspirou pesado com a informação que estava sendo caçada agora, mas a última parte chamou ainda mais sua atenção.

-Nós vamos virar assaltantes de bancos? Ou vamos roubar de mansões ricas? Você quer que eu venda meu corpo?

-Não! Não! E de onde você tirou isso? - Galahad questionou por um segundo seu plano, mas continuou. - Vamos entrar na guilda. Nós dois podemos usar magia, então podemos criar um grupo para fazer as missões.

-É, acho que isso pode servir. - Ela sorriu. - Melhor que vender meu corpo.

-De novo, de onde você tirou isso?

Leste da Cidade Separa10

No outro dia, ambos acordaram cedo e rumaram em direção a guilda. A manhã era gelada, mas o sol esquentava o clima um pouco a cada segundo. Ambos tinham a esperança que a guilda conseguisse criar uma proteção contra os soldados, e assim conseguissem um perdão pelos "crimes" que cometeram e tivessem uma segunda chance, sendo parte daqueles que se aventuram fora dos muros das cidades.

Tomaram um bom café da manhã, principalmente pensando em fazer sua primeira missão ainda hoje, para conseguir um pouco de prestígio por mostrar proatividade. A guilda ficava na divisa com a parte mais rica da cidade, então era um pouco longe de onde estavam. Tentaram manter uma conversa que não chamasse a atenção, mas seus assuntos possivelmente fariam o contrário disso.

Quando estavam chegando perto, viram uma animosidade se formando na frente do lugar.

-Aquilo é um... Drow?

-Parece um para mim... O que um drow está fazendo fora de Svartalfheim?

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Yone
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Sex Dez 31, 2021 6:52 pm
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Yone andava pelas ruas de Byentil Allegueder - para seu desgosto, na zona mais pobre da cidade – montado em sua égua baia, não via a hora de sair de lá, mas precisava comprar suprimentos para se manter e ele sabia que lá ele conseguiria pagar mais barato para não gastar muito de suas economias.

- Argh, quantos plebeus... Quero dar o fora daqui antes que esse ar pobre me contamine – disse ele para si mesmo.

Fosse por suas roupas de qualidade, sua égua bem tratada ou o saco cheio de ouro que carregava, Yone certamente chamava atenção dos plebeus por onde passava, e isso o incomodava, até que um homem em farrapos se aproxima da égua.

- Com licença, senhor. Você parece ter bastante dinheiro... Você não poderia ter a humildade de me doar ao menos uma moeda de ouro? Eu estou muito faminto e as minhas economias não são o suficiente nem para- - mas antes que pudesse terminar usa fala, o pobre homem recebeu um coice da pata da égua, que estava com uma estranha expressão de desgosto, assim como o seu dono.

- Não se aproxime demais, plebeu. Relíquia não gosta da sua gentinha... – Disse o Drow, sem nem ligar para o homem que fora arremessado alguns metros para trás e que com certeza havia sofrido alguma fratura interna.

Chegando num mercadinho mal-acabado ali perto, Yone desceu de sua égua e a amarrou em uma árvore próxima.

- Não se preocupe, eu não vou demorar. Assim que eu conseguir as coisas que preciso nós vamos sair desse lugar horroroso – Disse ele para sua égua enquanto fazia um carinho em seu rosto. Relíquia soltou um relincho alegre – Se algum plebeu tentar roubar o nosso ouro, você relincha o mais alto que puder, está bem? – Disse ele, já que temia acabar sendo roubado naquele lugarzinho mequetrefe.

Após pegar uma pequena quantia em ouro do saco que estava amarrado à sua égua, e foi até o pequeno mercadinho. O mercador já levou um susto ao ver uma pessoa com roupas de aparência tão cara naquele lugar, ainda mais ao ver que se tratava de um Drow.

- Quero vinte quilos de carne, dez pães frescos e trinta maçãs.

- Sinto muito, senhor. Mas só temos pão dormido... Mas se puder voltar depois de amanhã nós-

- Como assim vocês não têm pão fresco? Vocês não fazem pão diariamente? – Perguntou Yone, interrompendo o homem.

- Meu senhor, entenda... Nós não temos recursos pra fazer pão diariamente aqui, então fazemos pães de três em três dias... – Respondeu o homem, fazendo Yone franzir o cenho e levar a mão às têmporas.

- Por que não estou surpreso...? Não dá pra esperar mais de um estabelecimento tão miserável... – Resmungou o Drow. – Tudo bem, pode ser pão dormido mesmo...

Enquanto o homem preparava os suprimentos que Yone pediu, o Drow olha pela janela do estabelecimento e percebe que o sol começava a chegar ao seu ápice, o que o deixava nervoso. Não queria almoçar perto de pobres.

Droga... Está perto do meio-dia, só o que me falta é eu ser obrigado a almoçar em algum estabelecimento de quinta categoria com todas aquelas comidas gordurosas e gente mastigando alto e comendo feito uns mortos de fome... Pensou.

O mercador entregou as compras para Yone em uma sacola, enquanto ele pagava o mercador, ele ouviu o relincho de sua égua e se apressou em voltar para o local onde a deixou.

Chegando lá, haviam dois saqueadores tentando roubar o seu ouro, mas Relíquia dava pinote, tentando afastar os saqueadores.

- Eu sabia... É perigoso andar por aqui... – Resmungou ele.– Ei! Tirem suas patas imundas de pobre da minha Relíquia!

- Relíquia? Tem uma relíquia aqui dentro? – Perguntou um dos saqueadores, tentando olhar dentro do saco.
Yone respondeu o saqueador colocando sua espada logo abaixo do pescoço do homem, fazendo ele engolir em seco, quando o outro foi tentar atacar, Yone falou:

Leste da Cidade Yone_e10

- Nem pense nisso, ou eu acabo com os dois sem nem manchar minhas roupas caras de sangue – Disse Yone, o saqueador tentou atacar mesmo assim, mas o Drow desviou rapidamente do ataque, e usando a parte de trás de sua espada desenhou uma espécie de gravura circular no chão, do círculo se criaram pedras resistentes que envolveram os dois homens, os prendendo. Relíquia havia se afastado o máximo que suas rédeas permitiam, para não acabar sendo atingida também.

- Que tipo de feitiçaria é essa? O que você fez com a gente? – Perguntou um deles.

- Fique feliz que você ainda está respirando, plebeu. Eu poderia ter te matado sem nem me importar, mas não estava nem um pouco a fim de manchar com sangue de pobre minhas roupas que valem o triplo de tudo de mais valioso que vocês dois possam ter junto! – Exclamou Yone para os dois homens, logo depois, completou: - O que não deve ser muita coisa, certamente...

Yone desamarrou Relíquia e montou nela novamente, antes de se afastar, um dos saqueadores perguntou.

- Ei! E como a gente vai sair daqui?

- Pff, se vira. Como se eu me importasse com relés saqueadores... – Continuando seu caminho, mas não muito longe dali ele avistou duas pessoas que pareciam olhar para ele com curiosidade. Um homem de cabelo castanho e o que parecia ser uma mulher loira. – Ah não, mais pobres...? – Ele resmungou pra si mesmo, bufando.
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Galahad
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Dom Jan 02, 2022 1:39 am
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-Ele parece bem forte... - Comentou Galahad. - Deveríamos chamar ele?

-Não sei... Não quero que outra pessoa me veja de noite.

-É só você usar a máscara. E não é como se fosse ruim te ver de noite... Você não vira um monstro ou algo assim. Qualquer coisa diz que você queima na luz da lua.

-Certo... Só podemos chamar ele se eu puder ter uma barraca só minha.

-Claro, então vamos? - Falou com um sorriso, e ambos se dirigiram para o Drow, que tinha um olhar desdenhoso para todos.

-Quem são vocês? - Questionou ao se aproximarem demais dele e de sua égua. Se concentrando um pouco os analisando, viu que ambos tinham bastante magia, e a magia do homem lhe chamou a atenção.

-Eu sou Galahad, e essa é Astoria. - Ela faz uma reverência. - Somos aspirantes a aventureiros. Vamos nos inscrever na guilda e viemos te convidar para se juntar a gente em um grupo. O que acha? - Galahad disse simpaticamente para o homem.

-Você parece ser bem forte, e é melhor irmos com um grupo maior que apenas dois, não? - Asdis falou com uma expressão meiga.

-Me recuso. - Respondeu de maneira seca.

-Ah, tudo bem... - Galahad disse suspirando.

-Vamos lá... - Asdis tentou o animar.

-Mas já que insistem. - Falou o Drow, com uma expressão dramática. - Posso me juntar ao grupo de vocês.

-A gente não insistiu...

-Não precisa ser tímida, garota. Eu, Yone Antibes Scarth Roger MacAuley VIII, lhes dou a honra de ter a minha companhia em suas viagens.

-De novo, a gente não insistiu...

Ótimo, dois malucos... Pensou Galahad com um grande suspiro.

-Bom, já que vocês se juntarão a mim,  -- Nós que te convidamos... -- tenho algumas exigências para nossas viagens. Eu odeio lugares pobres, então quero que mantenhamos o máximo de distância disso. A segunda é que não me importunem em meio as minhas pesquisas.

-Pesquisas? - Galahad questiona.

-Sim, eu sou um alquimista. Então acabo por passar muito tempo fazendo pesquisas.

-Você entende de poções para maldições? A luz da lua me queima, então você conseguiria me ajudar com isso? - Perguntou Asdis na maior cara de pau.

-Talvez, mas precisaremos de tempo para eu averiguar toda a sua maldição. Nunca ouvi sobre a luz da lua queimar, apenas transformar... - Yone comentou com um olhar intrigado, e a Asdis suava frio. Vendo que a situação não estava levando a lugar nenhum, Galahad pigarreou e chamou a atenção dos dois.

-Não posso garantir as duas, mas tentaremos a segunda. Dependendo das missões, teremos que entrar nas zonas mais pobres de Jord, então se acostume com a ideia. Então, vamos para a guilda?

Ambos concordam, e Yone monta em Relíquia, para irem até a guilda. Yone limpa uma gota de suor da testa, por não precisar comer com pobres, e Galahad apenas espera que não entrem mais figuras tão peculiares em sua equipe.

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Asdis
Asdis
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Ter Jan 11, 2022 8:17 pm
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Apenas ouvia a conversa, calada, até o momento que ouve Yone falando que nunca havia escutado sobre a luz da lua queimar. Caladinha, tenta pensar em alguma desculpa.

--- Bom, deve ser uma maldição bem rara ou de geração. A minha mãe disse que o meu tataravô teve e antes dele quem teve foi a tataravó dele e agora eu. Deve ser de família ou algo do tipo.

Suspira tranquilamente.

--- Ah, as áreas pobres não são tão ruins. Pelo menos as pessoas são mais animadas mesmo tendo poucos. Obviamente é um lugar um pouco perigoso como qualquer outro, mas depois você se acostuma. Eu sei lidar com esse tipo de coisa.

Internamente, fica aliviada que conseguiu pensar em uma mentira para aquilo. Apenas os seguindo, sente que está sendo seguida e ao olhar para trás, vê uma raposa de tamanho médio os seguindo. Já sabendo que a raposa estava morta e que era apenas só um espírito, a garota se aproxima de maneira cautelosa, estendendo a mão para a raposa cheirar. O animal recua, dando alguns passos para trás, até pegar confiança na garota.

Em seguida, Asdis resolve fazer carinho no animal até finalmente pegá-lo no colo sem demonstrar nenhum pingo de medo ou coisas semelhantes.

--- Não se preocupem, ela só irá fazer mal se alguém fizer mal para ela. Então eu já estou alertando que se fizerem mal para ela, não será só a raposa que irá fazer mal para vocês...

Acaba rindo de uma maneira um pouco exagerada, cessando a risada segundos depois. Tentando se acalmar mais um pouco, fica observando Relíquia, ainda segurando a raposa em seus braços.

--- Ei, ela é arisca ou é tranquila?

Pergunta, os seguIndo até a Guilda.

--- Me deu uma sensação estranha de comer torrada com geleia de amora.
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Yone
Yone
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Sex Jan 14, 2022 2:13 am
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Yone ouviu a resposta de Astoria com uma certa desconfiança, tinha noventa por cento de certeza - ou talvez mais - de que ela estava mentindo e tentando esconder alguma coisa, porém, havia uma pequena, mas não nula, possibilidade de existir realmente algum tipo de maldição familiar daquela forma, e se existe algo que não seja do conhecimento de Yone, ele fazia questão de aprender. Principalmente se for relativo a maldições ou alquimia.

- Ah, as áreas pobres não são tão ruins. Pelo menos as pessoas são animadas mesmo tendo pouco – Yone decidiu que não gostava dela. – Obviamente é um lugar perigoso, como qualquer outro, mas depois você se acostuma – Apenas a ideia de se acostumar àquela escória fazia Yone franzir o cenho em desgosto. – Eu sei lidar com esse tipo de coisa – Yone lançou um olhar de desdém para Astoria, que a fez engolir em seco brevemente, mas logo ele disse.

- Tanto faz. Se você aceita se misturar com essa gentinha, o problema não é meu, mas eu me recuso – Disse ele, por fim, dando meia volta na égua e fazendo com que ela acompanhe os passos dos novos companheiros de Yone.

Yone deu mais uma analisada em Galahad, aquela magia que ele possuía o deixava muito intrigado. Mas enquanto Yone estava longe em seus pensamentos, sua égua deu um pequeno relincho.

- Hum? O que foi, Relíquia? Está com fome? – Perguntou, a égua deu outro relincho em concordância, e Yone deu um sorrisinho. – Eu imagino, você não come uma refeição decente desde ontem... – Disse ele, logo em seguida desceu de sua égua, pegou uma maçã na sacola e a entregou. Relíquia comeu a maçã com muita vontade, estava realmente com fome. – Perdão por não ter nenhuma ração de qualidade comigo, mas espero que essas maçãs possam servir pra enganar a fome até que a gente pare pra comer pra que eu possa fazer alguma coisa pra você comer.

- Espera... Você mesmo faz a comida da sua égua? – Perguntou Galahad.

- Sim. Bom, desde que eu saí de casa, na verdade. Como fica bem difícil encontrar ração de qualidade, e a minha égua come apesar rações da mais alta qualidade pra poder manter esse pelo macio e brilhoso, eu decidi aprender a fórmula da ração que ela comia e utilizar dos meus conhecimentos em alquimia pra fazer algo com propriedades parecidas. Bom, tem funcionado
bastante, o pelo dela não é simplesmente maravilhoso?
– Perguntou Yone, acariciando o pescoço da égua.

- Realmente... – Disse Galahad, percebendo que quando o assunto é de seu interesse, o Drow fica um tanto tagarela.

Enquanto conversavam – ou melhor, Yone falava – sobre Relíquia, os dois homens perceberam que Astoria estava um tanto estranha, ela estava acariciando o nada, e quando voltou ao encontro deles, parecia estar carregando alguma coisa, mas seus braços estavam vazios.

- Não se preocupem, ela só irá fazer mal se alguém fizer mal para ela. Então eu já estou alertando que se fizerem mal para ela, não será só a raposa que irá fazer mal para vocês... – Disse a garota. Yone olhou pra Galahad esperando que ele soubesse dizer o motivo daquilo, mas o outro homem parecia tão confuso quanto ele.

- Tá...? – Disse Galahad.

- Ela é arisca ou é tranquila? – Astoria perguntou, se referindo à égua de Yone.

- Bom, Relíquia normalmente só se incomoda quando pobres se aproximam, ela consegue diferenciar pelo cheiro se uma pessoa é pobre ou não. Então não precisa se preocupar com o seu... amiguinho imaginário... – Respondeu Yone.

Astoria levou a mão até o focinho da égua, que a cheirou atentamente e, em seguida, a égua pareceu ficar contente, pois começou a esfregar seu focinho na mão de Asdis, deixando Yone perplexo – e um tanto enciumado.

- A Relíquia... gostou de você?! Mas isso é impossível! Relíquia apenas simpatiza com gente que vem de família nobre! Quero dizer, ela pode até não dar bola se a pessoa não for pobre e não se incomodar com ela. Mas ela nunca gostou de ninguém antes além de mim e da minha família... – Disse Yone, ele poderia jurar que a menina congelou naquele mesmo instante.

- V-vai ver é por que eu sou muito boa com animais? – Sugeriu Asdis. Yone a encarou por uns instantes com olhos semicerrados, mas então respondeu.

- É... Pode ser... – Disse ele, considerando a probabilidade, afinal, ninguém que tinha encontrado antes era alguém que realmente simpatizasse muito com animais. Porém, aquilo somado com a suposta maldição da qual ele nunca ouvira falar, deixavam o Drow muito desconfiado... Mas ele decidiu deixar pra lá, afinal, não era problema dele.



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