Arredores do Leste da Cidade
Sáb Jan 15, 2022 5:16 am
- Asdis
- Mensagens : 10
Data de inscrição : 09/10/2021
Re: Arredores do Leste da Cidade
Dom Jan 23, 2022 7:43 pm
Asdis achava tão estranho tudo aquilo, porém ao mesmo tempo era uma coisa tão... Diferente para ela. Não sabia como se sentia ou como iria opinar, porém tudo o que queria era viver algo novo, uma coisa que a fazia se sentir livre.
Enquanto os três saiam com o seu primeiro contrato em mãos, a princesa continua pensativa e coberta.
--- Bom, o que teremos que fazer? É que isso é tudo muito novo e aí eu queria saber... Não que eu não soubesse tanto, né, maaaaaaaas... Só por dúvida mesmo.
Pergunta sem tentar parecer que era uma completa idiota e enquanto andavam, a pequena raposa, ou o seu espírito, pedia para descer. A garota o colocou no chão e o animal que estava em seu colo foi embora, porém um pássaro, que era um corvo e também apenas o seu espírito, pousa em sua cabeça ainda toda coberta.
--- Sem querer ser a portadora de péssimas notícias, mas eu acho que deveríamos ficar em alerta. Corvos não costumam pousar e ficar na cabeça das pessoas.
Suspira, com o corvo falando o seu "corvês". Asdis apenas concorda, olhando para todos os lados, bem alerta. Se lembrou da vez que um corvo, que não havia sido um corvo morto ou o seu espírito, pousou na carruagem e ficou por lá a alguns minutos antes da desgraça acontecer. Por isso estava tão em alerta por conta do corvo, pois poderia ser, ou provavelmente estava enganada, um sinal de que algo iria acontecer mais cedo ou mais tarde.
Enquanto os três saiam com o seu primeiro contrato em mãos, a princesa continua pensativa e coberta.
--- Bom, o que teremos que fazer? É que isso é tudo muito novo e aí eu queria saber... Não que eu não soubesse tanto, né, maaaaaaaas... Só por dúvida mesmo.
Pergunta sem tentar parecer que era uma completa idiota e enquanto andavam, a pequena raposa, ou o seu espírito, pedia para descer. A garota o colocou no chão e o animal que estava em seu colo foi embora, porém um pássaro, que era um corvo e também apenas o seu espírito, pousa em sua cabeça ainda toda coberta.
--- Sem querer ser a portadora de péssimas notícias, mas eu acho que deveríamos ficar em alerta. Corvos não costumam pousar e ficar na cabeça das pessoas.
Suspira, com o corvo falando o seu "corvês". Asdis apenas concorda, olhando para todos os lados, bem alerta. Se lembrou da vez que um corvo, que não havia sido um corvo morto ou o seu espírito, pousou na carruagem e ficou por lá a alguns minutos antes da desgraça acontecer. Por isso estava tão em alerta por conta do corvo, pois poderia ser, ou provavelmente estava enganada, um sinal de que algo iria acontecer mais cedo ou mais tarde.
- Galahad
- Mensagens : 14
Data de inscrição : 09/10/2021
Re: Arredores do Leste da Cidade
Ter Fev 01, 2022 8:11 pm
Galahad e os outros chegaram na área definida pelo contratante. De fato haviam pegadas de cervos no chão, mostrando que haviam passado por ali - e de uma maneira nada amistosa, com partes bem fundas. A neve ainda não as cobria, então estavam por perto.
Começaram a se embrenhar no meio da floresta, cuidando para sempre saber para onde estavam indo. Yone fazia algum processo alquímico para manter o rastro, então lhes dava mais tranquilidade. Era um pouco difícil andar entre neve e lama, mas conseguiam manter algum ritmo.
Ao chegarem em uma clareira, acharam os cervos. Estavam bebendo água no lago, que quebraram o gelo para poderem beber. Talvez eles mesmos quebraram, ou algum monstro da floresta. Um dos animais ergueu a cabeça e olhou para eles, e após emitir algum barulho, os outros fizeram o mesmo alarmados.
-Pessoal, eu acho que vamos ter um primeiro combate. - Galahad falou invocando sua espada. Yone ergueu uma sobrancelha para a arma, mas imediatamente voltou a atenção para os cervos.
-Realmente não parecem muito amistosos. Vou precisar de alguma secreção deles para poder definir o que está errado. - Sacou sua espada, uma rapieira com algumas runas gravadas em sua lâmina.
-Eu só preciso cantar? - Asdis mexia os braços em cima da cabeça, tentando afastar o corvo. - Se for só isso, consigo sem problemas.
-Exatamente. Lá vem eles! - O primeiro cervo, possivelmente o alfa, correu a galope para cima do trio. Galahad ergueu sua espada e segurou o impacto.
-Contrachoque! - Um brilho surgiu do local do impacto, o cervo teve sua cabeça jogada para cima. - Agora, Astoria!
A garota começou seu canto, e os cervos que vinham atrás para os atacar também pararam. Ela hipnotizou todos com sua voz.
-Essa música não vai tirar sua concentração, Yone? - Questionou Galahad.
-Não superestime as habilidades dela. - A fala irritou a garota, que só não parou de cantar pois Galahad também seria atacado.
Yone se abaixou e pegou uma amostra da saliva do cervo que os atacou, e depois se dirigiu aos outros para coletar de outros. Era hora de começar seus longos processos alquímicos, afinal cervos eram animais nobres e não gostaria de os ferir. Se fossem raposas comuns, ele não se importaria.
Galahad se sentou no chão olhando para os animais parados hipnotizados pelo canto de Asdis, enquanto os outros se mantinham concentrados no que estavam fazendo. Ele pensava no que poderia ter feito os animais ficarem desse jeito, mas não conseguia ter um jeito que surgisse. Talvez fosse apenas raiva. Ele pensava no que viram de pegadas, e realmente haviam pontos que a neve estava mais funda, como se brigassem neles.
-Yone?
-Estou ocupado.
-Se lembra das pegadas?
-Estou. Ocupado.
-Elas tinham buracos bem grandes, né?
-Quer calar a boca?
-Esse buracos eram aleatórios ou tinham padrão?
-Como você é- Ele parou para pensar. - Eram padronizados, como...
-Pegadas. Acho que é mais do que apenas raiva...
-Agora que você mencionou... Eu senti magia estranha quando entramos aqui. Devemos ter um Gyting av Eikthyrnir por perto.
-Eu vou atrás dele. Possivelmente vamos curar os cervos matando ele. Guarde seus equipamentos.
-Eu acho que você não vai precisar fazer isso...
-Ele...
-Sim... Nos encontrou antes...
Galahad se virou e viu o grande cervo. Gyting av Eikthyrnir, ou Cria de Eikthyrnir, um cervo que vivia em Asgard. O animal era enorme, com quase quatro metros de altura.
Com um bramar, sua galhada brilhou em um intenso azul esverdeado, e avançou para cima dos três.
-Astoria, continue cantando! Eu e Galahad daremos um jeito nisso! Não precisamos dos outros nos atacando junto!
Ela assentiu com a cabeça.
-Kosmos Øyne!
O animal pareceu ficar mais lento, mas era apenas impressão. Galahad via exatamente como ele se movia, quase como se fosse vista de cima, e lesse seus pensamentos. Colocou sua Völund na frente de seu corpo e angulou a lâmina de um jeito que quando o impacto viesse, seguraria ele.
Quando o animal o atingiu, segurou com toda sua força.
-Contrachoque! - O impacto da galhada foi devolvido com um brilho verde, arremessando o Gyting av Eikthyrnir alguns metros para trás.
Ele correu em volta de Galahad, que via todo o movimento do seu oponente com a maior clareza que era permitida a um cérebro entender.
-Første Sirkel av Element, Andre Helsesirkel - Yone apontou sua Völund ao cervo. - Svarte Lenker! - Correntes escuras surgiram segurando ele. - Agora, Galahad!
Galahad continuou observando o inimigo, esperando quebrar as correntes.
-Você não vai atacar?!
-Eu não ataco!
-Então por que usa uma espada?!
-Porque sim!
As correntes se quebraram.
-"Porque sim" não é resposta! - Gritou enquanto mudava de posição.
O animal novamente foi para cima de Galahad, que segurou seu ataque com a sua espada. Se quisesse o derrotar, precisaria de um ataque muito mais forte para usar seu Contrachoque.
- Yone
- Mensagens : 9
Data de inscrição : 11/10/2021
Re: Arredores do Leste da Cidade
Qua Fev 09, 2022 5:39 pm
Yone não sabia como reagir àquilo. Mas não tinha tempo para pensar sobre o porquê de Galahad usar uma espada se ele não ataca, precisava pensar em uma maneira de matar aquela criatura enorme.
- Se ele tentar nos atacar com um golpe bem mais forte eu consigo usar meu contrachoque pra causar um dano maior nele – disse Galahad, de repente, dando a Yone uma ideia.
- Certo, precisamos irritar ele ao máximo para força-lo a usar toda a sua força. Isso poderia o desnortear o suficiente para abrir uma brecha pra eu atacar – Yone respondeu, e então olhou para a menina do grupo – Amanda!
- É Astoria! – Respondeu ela, irritada.
- Tanto faz! Você consegue cantar alguma coisa que deixe ele furioso?
- É claro que sim – Respondeu Astoria, com convicção.
- Ótimo, faça isso.
Astoria começou a cantar de uma forma agitada que deixou o animal furioso. O enorme cervo correu em sua direção com tamanha ferocidade que qualquer coisa que estivesse em seu caminho poderia ser facilmente destruída. E era isso que eles queriam.
Antes que o enorme cervo pudesse encostar na garota, Galahad se colocou na frente para interceptar seu ataque, com sua espada se chocando contra os chifres da criatura, e em seguida gritou:
- Contrachoque! – E toda a força que o grande animal tinha posto em seu ataque se voltou contra ele. Fazendo a criatura urrar com a dor que sentira e dar uns passos para trás, desnorteado.
Aproveitando a deixa, Yone pulou nas costas do grande animal e cravou sua espada no pescoço dele, fazendo o grande animal berrar mais uma vez pela dor e começar a corcovear, tentando tirar o que estava em cima dele.
- Tá tudo bem aí Yone? – Perguntou Galahad, um tanto preocupado.
- Está... tudo... sob... controle... – disse o Drow, com certa dificuldade, devido aos movimentos bruscos do animal.
Se agarrando forme ao couro do bicho com uma mão e segurando a bainha de sua espada – que graças a sua magia embutida nela foi capaz de perfurar a pele do animal sem quebrar – Yone concentrou uma enorme quantidade de magia nela e então entoou:
- Myrkvun... Utgivelse! – E então uma liberou uma explosão de magia negra dentro do pescoço do animal, fazendo parte dele explodir de dentro pra fora e o Gyting av Eikthyrnir ser decaptado.
A cabeça do enorme cervo caiu no chão e o corpo, por ter parado abruptamente de se mexer, também caiu, derrubando o Yone que estava em cima.
- Você tá legal? – Perguntou Galahad, enquanto ajudava o Drow a se levantar.
- Sim... – respondeu Yone, mas seu estado de exaustão denunciavam o contrário.
- Como você conseguiu aguentar tanto tempo em cima daquela coisa? – Perguntou Astoria. Yone deu o que pareceu ser uma risada convencida.
- Já domei... cavalos muito mais... difíceis... que isso... – Respondeu Yone, ainda arfando.
- Tem certeza? Você parece bem cansado... – Observou Galahad.
- Eu estou... perfeitamente bem... obrigado... – Mentiu Yone, mas foi desmascarado pelo seu próprio corpo quando tentou dar um passo e caiu no chão. – Talvez só... um pouquinho... cansado... – ele disse pouco antes de desmaiar de exaustão.
Galahad balançou a cabeça em negação, se recusando a acreditar que teriam que carregar aquele Drow enorme até a base.
Re: Arredores do Leste da Cidade
Qua Fev 16, 2022 5:16 pm
In Snow, The First Foe Perishs
Asdis também caiu sentada, cansada de tanta cantoria. Sua garganta estava seca, então puxou seu cantil com chá para dor de garganta. Enquanto os dois descansavam, Galahad conferiu a situação dos cervos, e todos estavam bem, sem sinais de estarem sendo controlados pelo Gyting av Eikthyrnir. Ele suspirou e se dirigiu aos outros dois.
-Está bem, Asdis? - Falou baixinho, perto da garota. Não sabia o quão sem consciência Yone estava.
-Sim, apenas cantei bastante. - Respondeu com a voz rouca. - Foi a primeira vez... Que tive que... Usar tanta magia assim...
-Eu imagino. - Respondeu olhando para a garota. - Mas sinceramente, eu não esperava uma Cria de Eikthyrnir por aqui, tão perto da cidade. Pelo visto, as criaturas estão mais agressivas...
-Está ficando tarde já. - Asdis comentou. - Se não voltarmos logo...
-Sim, não se preocupe. Vamos voltar agora.
Quando eles se viram para Yone, viram que sua égua, Relíquia, estava ali. Ela tinha ficado para trás, porém com a comoção, deve ter se aproximado.
-Sabia que podia contar com você, parceira. - Yone se levantou com quase nenhuma força, e se colocou em cima da égua, que andou lentamente para fora do lugar.
Asdis foi se levantar, mas suas pernas tremeram e caiu novamente no chão. Galahad suspirou, e colocou a garota na garupa, para poderem seguir até dentro da cidade de novo.
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