Leste da Cidade
Sex Jul 15, 2022 2:57 pm
Warm Heart Snow Princess
Qui Nov 10, 2022 9:52 pm
Warm Heart Snow Princess
– Irmão, não!
Anikka acordou suando de seu pesadelo. Viu novamente Erik ser morto em sua frente, assim como toda sua família. Arfando, olhou para a janela e viu a lua ainda alta no céu. Não estava perto da hora de acordar. Mas definitivamente não seria capaz de dormir de novo.
Se levantou da cama e colocou sua roupa de empregada, em silêncio. Ela estava gelada, mas o frio não a incomodava nem um pouco. De princesa a empregada... Que decadência... pensou tristemente. Quando se levantou, viu as empregadas do turno da noite trabalhando. Não havia decorado o nome de nenhuma, nem seus rostos. Até porque essas mal conseguia ver.
– Oh, Anikka? – Uma disse surpresa, mas baixo. – O que faz acordada a essa hora? Ainda não é seu turno.
– Eu não tive um bom sonho... – Ela deu um sorriso amarelo. – E não consegui voltar a dormir.
– Ah sim... Não acho que o mestre e sua esposa irão reclamar, mas não se esforce demais. Não vai querer estar cansada quando eles precisarem de você.
– Sim. Apenas irei tentar confortar um pouco os escravos... Aqueles leitões que eles chamam de filhos os maltratam demais.
A outra mulher deu uma risadinha.
– Tem razão. Não vou dizer que não é uma boa ideia.
Desse jeito, Anikka andou silenciosamente até o porão, passando pela cozinha, e chegou onde os escravos eram mantidos. A maioria deles estava mantida em jaulas, ou amarrados em correntes. Todos demi-humanos. Na verdade, quase todos.
No fundo do porão, o mais precioso par de escravas de seu mestre: Duas elfas com seios fartos e cintura fina. Uma de cabelos loiros que mais pareciam fios de ouro, e a outra com cabelos acinzentados, como se prata fosse tecida em longos fios. O filho mais velho era o dono delas, foram um presente de seu pai no seu aniversário de 15 anos. Não fazia muito tempo que aconteceu o aniversário, e Anikka mesma pôde ver o que ele fazia com as garotas.
Antes de dar atenção aos outros, andou até as duas que estavam dormindo acorrentadas, com os braços para cima. Já estavam sem brilho, e mesmo com pouco tempo daquele jeito, já estavam em um péssimo estado. A garota de cabelos azuis se ajoelhou na frente das duas e as acordou gentilmente. Elas saltaram, mas viram que não era o jovem nojento.
Anikka pegou duas colheres, e começou a dar um pouco de comida para elas. Eles comiam tanto de manhã que não sentiriam falta de um pouco de mingau, a coisa que menos gostavam. Quando acabaram com o prato, ela conferiu para ver se alguém estava olhando para elas, mas estava tudo em silêncio. Ela colocou suas mãos nos machucados das garotas, e gentilmente usou sua criocinese para diminuir a dor.
Após alguns instantes, se despediu em silêncio das duas, e seguiu para fora dali, um pouco triste. Pôde ajudar apenas duas pessoas. Tentava não se abater por pelo menos ter ajudado alguém, mas... sentia ser pouco demais.
Ela rapidamente lavou o prato e as colheres que usou, e se postou na copa junto de outras empregadas para esperar seu mestre, a esposa dele e seus cinco filhos.
A primeira a chegar foi a esposa, acompanhada de sua filha mais velha. A esposa era uma mulher alta e esguia, e o que mais chamava atenção era seu nariz longo, quase um imã de olhos. A figura só era pior pois seus cabelos castanhos estavam sempre desgranhados, e sua expressão de quem comeu e detestou não ajudava em nada.
Sua filha, de doze anos, era uma moça mais cheinha, mas não chegava a ser gorda. Mas a quantidade maquiagem em seu rosto a fazia parecer uma palhaça de circo, e seus dedos grossos estavam lotados de anéis, que se ela engordasse mais meia grama, cortariam a circulação.
O filho mais velho, que recém completou quinze, era um porco bípede. Se suas orelhas não estivessem no lado da cabeça, com certeza seria confundido com um demi-humano. Seu nariz lembrava o de um suíno, sua pele era rosada e seu cabelo loiro era repartido ao meio, dando voltinhas nas pontas. Ele foi o terceiro a se sentar na mesa.
O quarto e quinto a se juntarem foram as duas crianças de sete e oito anos. Duas crianças nojentas, que reclamavam de tudo e maltratavam tudo e todos. Eram o terror dos escravos, mas seus pais tentavam ao máximo impedir de maltratarem as empregadas, pois essas poderiam os processar. Mas não os impediam de destratarem. Ambos loiros como o pai, mas com corte tigela.
O sexto e último foi o pai. Ele era uma versão mais velha do filho mais velho. Alto, gordo, cabelo repartido ao meio e enrolado nas pontas, mas com um bigode longo para os lados. Uma empregada o seguia empurrando um carrinho de bebê, onde estava o mais novo dessa família que Anikka tanto queria que congelasse.
– Como foi sua noite, Safír? – Perguntou a esposa para o marido.
– Ótima, querida. – Ele sorriu para ela. – E o pequeno Anom? Como foi sua noite com ele?
– Ele estava um pouco doentinho, mas já está melhor. – Ela começou a se servir de chá.
No fim, Anikka se lembrou de ouvir gemidos do quarto deles, mas a voz não era da esposa. Devia ter pago uma empregada ou usado uma escrava para aquela noite.
Eles começaram a comer, e apenas a mãe era fina nesse momento. A filha sempre olhava para ela para tentar imitar, mas os homens pareciam ogros ou orcos devorando tudo que viam pela frente. Talvez eles fossem de fato ogros ou orcos.
Quando acabaram o ataque a etiqueta nobre que fazia Anikka sentir náuseas, Safír se pôs a falar.
- Minha amada família, hoje nós iremos para o festival do Deus Freyr! Como esse inverno não acaba, talvez ele possa pelo menos nos dar alimento nesse frio infernal. Nós sairemos daqui às onze e meia da manhã, então se aprontem!
Eles saíram da copa rindo e pulando, afinal eram devotos fervorosos de Freyr. O chefe da família disse para se organizarem, mas quem faria isso eram as camareiras. O máximo que fariam era escolherem quais escravos levariam. Ela com certeza seria levada como empregada, pois já havia demonstrado sem querer sua força uma vez, então seria uma espécie de segurança.
Infelizmente teria que sair da casa. Ela queria ficar para poder soltar os escravos e lhes alimentar, mas não teria como o fazer. E nem como pedir para alguém fazer isso para ela, não confiava em ninguém assim.
Quando chegou a hora, se juntou às outras empregadas e aos escravos que seriam levados juntos nessa viagem. Era uma longa comitiva, outras dez empregadas e oito escravos. Eles entraram nas carruagens, e Anikka seguia na principal, ao lado do cocheiro.
Ela os ouvia gritando dentro e fazendo festa, já planejando o primeiro almoço. Pra onde foi o “rezar para conseguir comer” de mais cedo?. As carruagens partiram, e tudo que ela conseguia pensar nesse momento era sobre os escravos que ela gostaria de ajudar. Ela tinha certeza que viu uma elfa, mas não tinha certeza sobre a outra.
A viagem foi horrível para Anikka, mas quando chegaram na parte leste de Byentil Alleguder, as coisas pareciam estar degringolando. Os olhares nada agradáveis dos moradores, os comerciantes olhando em desgosto, as crianças parando as brincadeiras... Tudo aquilo fazia a garota sentir um frio na espinha.
Como se a situação mental da garota não fosse ruim o bastante, caixas foram jogadas impedindo a passagem das carruagens.
– O que está acontecendo!? – Bradou Safír. – Por que paramos? Nós ainda não chegamos!
– Senhor, há pessoas bloqueando a estrada. – Respondeu o cocheiro. – Sinto que nossa presença não é bem-vinda aqui.
– Bobagem, esse bando de pobres nos ama! Sempre fazemos doações para eles.
– Talvez sejam bandidos. – Anikka respondeu.
– Há! Duvido! Essa rota é bem segura.
Antes que os dois pudessem continuar, as pessoas começaram a se aproximar das carruagens. Elas estavam com coisas nas mãos, como pedaços de madeira, enxadas e foices.
– Senhor, eles irão nos atacar! – Gritou o cocheiro.
– Então passa por cima deles! Usa alguma runa que eu te dei pra abrir o caminho e tirar o bloqueio!
O cocheiro foi fazer isso, mas quando puxou o livro com as runas, iria escorregar de sua mão. Anikka logo se jogou em cima dele, para segurar o livro. Mas isso fez o homem balançar muito a carruagem, e Safír estava vendo o que rolava pela janelinha.
– Por que está querendo nos derrubar, Anikka? – Gritou. – Depois de eu te tirar do frio da rua e te dar abrigo e emprego, você quer nos derrubar?! Foi você que armou isso para nos pegar?!
– Não, eu...! – Antes que Anikka pudesse responder, sentiu a mão pesada de Safír a arremessar para longe, caindo da carruagem. Eles partiram para longe, e ela ficou jogada ali no chão, sem saber o que fazer.
Ela levantou a cabeça e viu que as pessoas estavam olhando para ela. Com certeza eram bandidos. E pelos olhares, não tinham a menor intenção de serem gentis com uma garota tão bonita e em manter os acessórios caros da roupa de empregada com ela.
Mas mesmo assim, ela não podia lutar para valer. Tinha que fazer de tudo para não os matar. Não podia matar ninguém ali, no meio da rua. E possivelmente, se usasse sua magia de gelo indiscriminadamente, chamaria atenção demais. Era uma péssima situação.
- Annika Erling
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Re: Leste da Cidade
Dom Dez 04, 2022 11:40 pm
Anikka estava profundamente enraivecida, a aura congelante fluia de seu corpo de maneira involuntárias, ela podia explodir ali seria um escândalo. Sentia vontade de esganar cada integrante daquela família miserável.
Muitas coisas se passavam por sua cabeça, ela precisava se desvencilhar daquela situação antes que ela fugisse mais de seu controle o que era difícil, já que os moradores não pareciam interessados em conversas ou acordos, muito menos estavam dispostos a entregar uma mão amiga.
Tudo era tão desfavorável, sentia todo seu plano e evolução escorrendo por seu dedos de uma maneira tão dolorosa, tudo que ela teve que ver e vivenciar, o tempo que teve pra subir e se tornar respeitada naquele lugar que mais de acemelhava ao inferno, jogado fora por um velho maldito, que a jogou fora sem nem se quer pensar. ela suspirou muito pesadamente sentindo o resto de sanidade que ainda lhe restava se esvair quese completamente. As imagens dos escravos e de seu irmão vieram em sua mente a trazendo a si novamente.
Todas as suas habilidades não serviriam de nada nesta situação, pedir ajuda não era uma opção. Deu uma olhada melhor ao redor enquanto se afastava pouco a pouco dos bandidos que tinham olhares horripilantes e perversos em sua direção, pelo que podia notar que eles não levariam apenas seus bens preciosos.
-Se você colaborar, podemos até pensar em sermos gentis, não é todo dia que se encontra uma garotinha tão linda por aí- um deles disse passando a língua brevemente pelos lábios- Annika sentiu seu estômago se embrulhar.
As caixas tinham sido estraçalhadas da passagem, o caminho agora estava aberto, em um reflexo rápido correu na direção da passagem o único caminho por onde ela poderia ir nessa situação, antes que eles pudessem a acompanhar ela lançou discretamente uma pequena rajada de gelo que apenas deixou o chão mais liso para atrapalhá-los.
Pode ouvir reclamações e xingamento dos homens, isso definitivamente os atrasaria de uma maneira sutil, não era hora para regredir, precisava seguir por hora. Essa parte da cidade era estreita e cheia de ruelas perfeitas para se esgueirar e se esconder, exatamente o que ela faria, mesmo que a esse ponto ela já tivesse chamado muita atenção desnecessária.
Depois de alguns minutos de desvencilhar e conseguir-se e se misturar aos outros moradores, mesmo que ainda chama-se a atenção por suas vestimentas, muito dificilmente eles voltariam a encontrá-la, ao menos era o que a azulada esperava, tinha problemas mais relevantes que esse para se preocupar no momento.
-Miserável, porco asqueroso!-Cerrou um dos punhos com força socando uma parede.
Se antes eles não significavam algo para ela, agora tudo havia se reduzido a nada, seria o momento perfeito, seu plano agora era retornar à mansão e libertar todos, eles dependiam dela e essa não seria a última vez que a veriam, não os deixaria pra trás de forma alguma, era apenas uma questão de tempo…
- Galahad
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Re: Leste da Cidade
Seg Fev 27, 2023 5:13 am
- Três moedas de prata e sete de cobre... - O rapaz soltou um suspiro.
Ele estava saindo da sede da Guilda após entregar mais um contrato, dos simples. Precisava de companheiros para poder fazer outros mais complicados.
- Se eu cozinhar direito, deve dar pra conseguir uma semana de comida. - Seu estômago roncou, e suas bochechas ficaram vermelhas. - Já faz três dias que eu não como...
Ele se pôs a andar pela cidade, na região mais pobre. Pessoas tentando se aquecer, seja com o sol ou com fogueiras na rua. As vezes, não sabia se o chão esta coberto com neve ou com cinzas. E sempre que tropeçava ou pisava em algo estranho, torcia para que fosse lixo ou qualquer outra coisa, e não corpos engolidos pela neve.
Chegou a um mercadinho a céu aberto, e gastou duas moedas de prata e 4 de bronze em comida: alguns vegetais que não estavam tão frescos - porém o frio natural os conservava - e um pedaço de carne de segunda, e os guardou em uma mochila de couro que carregava sobre o ombro.
Em um canto, haviam panelas e um poço para pegar água. Pensando um pouco, decide já fazer algo para comer. Ele pica uma batata, ainda com casca, e a cozinha na água, com sal que carregava na sua bolsinha. Após estar cozida o bastante, ele a espeta com um palito de madeira, conseguindo fazer um espetinho, e com um pouco do óleo que comprou também, a levou ao forno. Sorria para o forno, pensando apenas em comer logo.
Quando acabou de assar, a tirou da travessa, e provou o primeiro cubinho. O que se mostrou uma péssima ideia, já que queimou a língua. Mas pareciam estar gostosas, por de baixo de tanto calor. Era hora de voltar a para a guilda, guardar suas compras e ver se arranjava uma missão decente.
Pelas vielas da região, sempre se mantinha em alerta. E ver que o chão estava com marcas de pegadas apressadas não era um bom sinal. Ele começou a prestar atenção em seus arredores, esperando por um ataque surpresa. Mas ouvir uma garota gritar o fez acelerar o passo.
Chegando em uma rua mais larga, vários bandidos encaravam uma garota com roupas de empregada. Ela não parecia estar machucada, o que era bom. Mas ela estava parecendo ser pressionada.
- Bando de idiotas! Não a matem! Esse tempo de merda vai fazer ela ficar gelada rápido...
- Eu... Eu não quero ter que fazer isso... - Ela parecia estar falando para si mesma.
Os bandidos não notaram, mas a neve ao redor dela começou a flutuar levemente do chão. Galahad ergueu uma sobrancelha para aquela cena, notando que a garota usava magia.
- Então só aceite se divertir com a gente, como uma boa putinha.
Galahad não podia continuar encarando aquela situação. Se desse certo, sumiriam dali em segundos. Ele começou a andar com passos largos, entrando na rua, atraindo a atenção de todos.
- Garoto, saia daqui! - Ela olhou para ele e gritou.
- Mas estamos num belo dia! Veja, temos sol! - Ele apontou com seu espetinho. - Fazia tempo que não víamos ele!
- Cala a boca, moleque! - Aquele líder dos bandidos arremessou uma faca nele.
- Opa, uma moeda! - Ele se abaixou, e desviou da faca.
- Garoto, por favor, saia daqui! Eles vão...
- Ser congelados? Eu lido bem com frio. - Ele abriu um sorriso, surpreendendo a garota.
- Que se foda! Matem os dois!
Aqueles bandidos começam a atirar flechas, machados e pedras neles. Uma chuva de objetos que miravam neles vinha com força, pronto para os matar.
Galahad imediatamente passou o braço que ainda segurava seu espetinho em volta da garota.
- Vá se salvar! Eu lido com... isso?
Ela piscou entre suas frases, e no momento que piscou, estavam em cima do telhado. Ela olhou levemente para cima, e viu que ainda estava sendo abraçada, ficando levemente vermelha. Mas ouviu o som do ataque atingindo o chão, abaixo deles. Estavam em cima de um telhado. Ele a soltou e ficaram de frente um para o outro.
- Essa foi por pouco... Quem é você, senhorita?
- Meu nome é Anikka, e eu sou uma empregada do... Na verdade, era, e não importa quem aquele porco asqueroso é! -
Galahad deu uma risadinha com a raiva dela.
- E quem é você?
- Eu sou Galahad. Um cavaleiro.
Cavaleiro? Isso é algo humano?
Ela estava visivelmente perdida com aquela frase.
- Esquece que eu disse isso. O que você faz aqui, no frio?
Antes que ela pudesse responder, um barulho veio de seu estômago, e a deixou vermelha como um pimentão, contrastando com a cor de seu cabelo. Anikka estava com fome. Especialmente ao olhar aquele espetinho de batata de Galahad.
- M-M-Me desculpa! Eu... Que vergonha...
Ele deu uma risada sem graça, e estendeu seu espetinho para garota.
- Pode comer. Eu não tô com muita fome mesmo. - Mentiu de cara lavada.
- Sério?! - Ela ergueu a mão e agarrou o espetinho, e começou a comer com vontade. Salgadinho, crocante por fora e macio por dentro, e ainda por cima, continuava quentinho. - Que gostoso!
- Então, o que faz no frio, Anikka?
Galahad preferiu ficar em silêncio, encarando a garota de uma maneira que ela notasse que estava deixando o ambiente mais frio. Assim que percebeu pareceu envergonhada e recompôs a postura
- Desculpe, é um assunto delicado. Eu tive muito trabalho para chegar onde cheguei, porém, me preocupa muito mais o que eu fui forçada a deixar pra trás... - Agora ela tinha uma expressão preocupada e triste.
- Sua família? - O rapaz tentou adivinhar e a azulada suspirou.
- Não… eu era empregada de uma família nobre, mas era o pior lugar para se estar, de nobreza só tinham a posição, são mais podres do qualquer coisa que você imagine... - Ela olhou para ele com os olhos tomados de tristeza. - Eles tem uma coleção de escravos em sua mansão, com demi humanos, elfos e até outros humanos! Eles nem os tratam como seres vivos, apenas como objetos para satisfazerem suas necessidades... Eu... Eu não posso abandoná-los assim! Eu devo voltar lá e salvá-los!
Galahad ouviu atentamente as palavras de Anikka, e ela se levantou.
- Obrigado por me salvar, mas eu vou voltar para lá!
- Se você voltar para lá agora, será morta. Você era uma empregada dos Butagris, não? Essa descrição bate exatamente com eles.
- Eu devo ficar parada e ver que todos sejam mortos?
- Não. mas se você quiser salvá-los... - Galahad se pôs de pé. - Eu irei te ajudar. Você tem a minha palavra. Eu lhe protegerei e ajudarei a invadir a mansão dos Butagris!
Ele abriu um sorriso cheio de confiança, que fez Annika ficar levemente vermelha.
Cavaleiros parecem ser incríveis...
- Porém, do jeito que estamos agora, apenas seremos massacrados pelos guardas. Eles tem dinheiro para colocar aventureiros amarelos como protetores da casa quando estão fora. Então... Gostaria de me acompanhar e começar uma party?
- Annika Erling
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Re: Leste da Cidade
Qui maio 18, 2023 9:51 pm
Anikka aceitou sem pensar muito a proposta de seu novo companheiro, ela estava animada por ter alguém confiável ao seu lado depois de tantos anos, ele prometeu a ajudar, ele parecia sincero e gentil, ela faria o possível para retribuir o ajudaria no que quer que fosse, ele havia ganhado sua lealdade.
Eles caminhavam sem trocar palavras e Anikka o encarava de canto de olho de vez em quando, quando o rapaz percebeu sorriu e a encarou de volta a deixando envergonhada virando o rosto para o outro lado.
-Então… o que faremos a partir daqui?
-Juntar dinheiro para comer é um bom plano por agora, não acha?
-Oh, certamente. Como faremos isso?
-Bem, podemos ir até a guilda pegar alguma missão, isso nos renderia alguns trocados.
-Então foi isso que quis dizer quando falou que era um cavaleiro, Galahad?
-É... por aí. Cavaleiros são pessoas que lutam pela justiça, mas... esqueça que eu falei disso.
-Isso faz você parecer ainda mais corajoso para mim.
O rapaz a olhou com um sorriso agradecido e um breve suspiro. Ele a levou até a guilda e entrou sem muitos rodeios indo até quadro, se inclinou um pouco passeando os olhos por todo o quadro lendo atentamente todos os panfletos, algumas missões eram simples, mas não valiam a pena e outras eram quase impossíveis de serem feitas até por um grupo grande e bem treinado.
Anikka se posicionou ao lado dele, também vendo os panfletos, aquilo ainda era um pouco confuso para ela, mas ela gostou da ideia.
-"Uma estrada interditada pela neve precisa ser liberada". Isso parece simples, não?
-Hum, parece, mas não vale a pena, muito trabalho, pouco dinheiro.
-"Um morto vivo anda perturbando a paz, na parte sul da cidade, quem conseguir se livrar dele terá um recebimento alto".
-Hmm, não. Para isso precisaríamos de um sacerdote e não temos isso no momento- o moreno pôs uma mão no queixo analisando- precisamos de algo mais simples.
Anikka concordou e analisou melhor voltando novamente seus olhos ao quadro.
-Poderia me ceder a passagem, senhorita?
Um homem bem arrumado surgiu ao lado deles, a garota acenou com a cabeça e deixou que ele passasse. Ele tinha um ar arrogante e pomposo, a azulada o observava com certa curiosidade e o mesmo notou isso, também a olhando dos pés à cabeça, mas logo voltou a ignorar.
Galahad olhou para Anikka com uma expressão que parecia dizer "Qual a desse cara?". A garota ergueu levemente os ombros com um sorriso fino, com uma expressão que dizia "Não tenho ideia".
-Você já se decidiu, Galahard? Tem algo mais simples que possamos fazer?
-Perfeito!- Ele exclamou e indicou com o dedo um dos panfletos.
Ela se aproximou se inclinado um pouco para ler.
-Tem razão, isso é perfeito!- A azulada bateu algumas palminhas- Onde devemos começar a procurar?
-Hmm, noroeste… venha! Já sei por onde começar.
Ele começou a andar e indicou que o seguisse, ela o fez com um fino sorriso, o homem de antes os observou até que eles saíssem pela porta e voltou a seus próprios afazeres.
-Ela não pode ter ido muito longe, não?
-Seria estranho se fosse, gatos não vão tão longe de suas casas. Se ela está com um objeto precioso não seremos os únicos a procurá-la, temos que ser mais astutos- sua expressão se tornou de análise novamente.
-Temos uma longa trajetória pela frente, Ela pode estar em qualquer lugar entre o oeste e o norte e quantos gatos brancos existem por aí?- acrescentou.
Ambos saíram caminhando por todos os lugares, olhando atentamente cada beco, cada caixa e cada pedra. Parecia algo simples mas estava longe de ser realmente, olharam cada cantinho daquele distrito por horas e horas, mas nem sinal. Pedir informações não seria muito efetivo, ninguém estaria disposto a dar informação quando o valor de pagamento era tão alto, a caçada pela bichana seria longa e fria.
A azulada caminhava calmamente e observava atentamente cada gatinho que ela encontrava, mas nem sinal de Serafim, para uma descrição tão singela, isso estava sendo mais complicado do que deveria, a postura tranquila da garota ajudava com que os felinos não se assustassem isso facilitava para que eles pudessem analisar melhor. Por um curto tempo Anikka se distraiu entre um grande número de gatos em um beco, Galahad achou fofo e riu um pouco da situação.
-Nem sei mais a quanto tempo estamos procurando… -suspirou e se juntou a ela se acocando próximo e um gatinho veio para perto dele.
-Uma coleira de brilhantes devia ser algo evidente de se enxergar- Ela disse com um gato alaranjado sobre seu colo-Já olhamos toda a região de ponta a ponta, onde ela pode estar?- Perguntou mais para si mesma com uma cara frustrada.
-Burgueses são tão estranhos para chegar ao ponto de por tanto dinheiro no pescoço de um gatinho- acariciou o gato que estava junto dele.
-Huh, você está certo- Ela gargalhou baixo.
Eles ouviram miados baixinhos vindo de não muito longe, pareciam filhotinhos. Galahad se levantou e procurou a fonte do barulho, a encontrando mais ao fundo do beco, lá estava um caixote com cerca de 6 filhotes acompanhados de sua mãe, que o moreno logo reconheceu.
-Veja só! Parece que enfim a encontramos- Ele sorriu com as sobrancelhas franzidas.
-Então foi por isso que ela não voltou para casa- pareceu encantada ao ver os filhotes tão fofinhos e aconchegados.
Eles caminhavam sem trocar palavras e Anikka o encarava de canto de olho de vez em quando, quando o rapaz percebeu sorriu e a encarou de volta a deixando envergonhada virando o rosto para o outro lado.
-Então… o que faremos a partir daqui?
-Juntar dinheiro para comer é um bom plano por agora, não acha?
-Oh, certamente. Como faremos isso?
-Bem, podemos ir até a guilda pegar alguma missão, isso nos renderia alguns trocados.
-Então foi isso que quis dizer quando falou que era um cavaleiro, Galahad?
-É... por aí. Cavaleiros são pessoas que lutam pela justiça, mas... esqueça que eu falei disso.
-Isso faz você parecer ainda mais corajoso para mim.
O rapaz a olhou com um sorriso agradecido e um breve suspiro. Ele a levou até a guilda e entrou sem muitos rodeios indo até quadro, se inclinou um pouco passeando os olhos por todo o quadro lendo atentamente todos os panfletos, algumas missões eram simples, mas não valiam a pena e outras eram quase impossíveis de serem feitas até por um grupo grande e bem treinado.
Anikka se posicionou ao lado dele, também vendo os panfletos, aquilo ainda era um pouco confuso para ela, mas ela gostou da ideia.
-"Uma estrada interditada pela neve precisa ser liberada". Isso parece simples, não?
-Hum, parece, mas não vale a pena, muito trabalho, pouco dinheiro.
-"Um morto vivo anda perturbando a paz, na parte sul da cidade, quem conseguir se livrar dele terá um recebimento alto".
-Hmm, não. Para isso precisaríamos de um sacerdote e não temos isso no momento- o moreno pôs uma mão no queixo analisando- precisamos de algo mais simples.
Anikka concordou e analisou melhor voltando novamente seus olhos ao quadro.
-Poderia me ceder a passagem, senhorita?
Um homem bem arrumado surgiu ao lado deles, a garota acenou com a cabeça e deixou que ele passasse. Ele tinha um ar arrogante e pomposo, a azulada o observava com certa curiosidade e o mesmo notou isso, também a olhando dos pés à cabeça, mas logo voltou a ignorar.
Galahad olhou para Anikka com uma expressão que parecia dizer "Qual a desse cara?". A garota ergueu levemente os ombros com um sorriso fino, com uma expressão que dizia "Não tenho ideia".
-Você já se decidiu, Galahard? Tem algo mais simples que possamos fazer?
-Perfeito!- Ele exclamou e indicou com o dedo um dos panfletos.
Ela se aproximou se inclinado um pouco para ler.
"Procura-se, Serafim.
A gata de estimação da filha de uma nobre família da zona noroeste, A felina é branca sem nenhuma mancha e tem grandes e brilhantes olhos amendoados, carrega consigo uma coleira de pedrarias caras.
A uma generosa recompensa para quem a encontrar e devolvê-la em segurança a sua dona."
A gata de estimação da filha de uma nobre família da zona noroeste, A felina é branca sem nenhuma mancha e tem grandes e brilhantes olhos amendoados, carrega consigo uma coleira de pedrarias caras.
A uma generosa recompensa para quem a encontrar e devolvê-la em segurança a sua dona."
-Tem razão, isso é perfeito!- A azulada bateu algumas palminhas- Onde devemos começar a procurar?
-Hmm, noroeste… venha! Já sei por onde começar.
Ele começou a andar e indicou que o seguisse, ela o fez com um fino sorriso, o homem de antes os observou até que eles saíssem pela porta e voltou a seus próprios afazeres.
-Ela não pode ter ido muito longe, não?
-Seria estranho se fosse, gatos não vão tão longe de suas casas. Se ela está com um objeto precioso não seremos os únicos a procurá-la, temos que ser mais astutos- sua expressão se tornou de análise novamente.
-Temos uma longa trajetória pela frente, Ela pode estar em qualquer lugar entre o oeste e o norte e quantos gatos brancos existem por aí?- acrescentou.
Ambos saíram caminhando por todos os lugares, olhando atentamente cada beco, cada caixa e cada pedra. Parecia algo simples mas estava longe de ser realmente, olharam cada cantinho daquele distrito por horas e horas, mas nem sinal. Pedir informações não seria muito efetivo, ninguém estaria disposto a dar informação quando o valor de pagamento era tão alto, a caçada pela bichana seria longa e fria.
A azulada caminhava calmamente e observava atentamente cada gatinho que ela encontrava, mas nem sinal de Serafim, para uma descrição tão singela, isso estava sendo mais complicado do que deveria, a postura tranquila da garota ajudava com que os felinos não se assustassem isso facilitava para que eles pudessem analisar melhor. Por um curto tempo Anikka se distraiu entre um grande número de gatos em um beco, Galahad achou fofo e riu um pouco da situação.
-Nem sei mais a quanto tempo estamos procurando… -suspirou e se juntou a ela se acocando próximo e um gatinho veio para perto dele.
-Uma coleira de brilhantes devia ser algo evidente de se enxergar- Ela disse com um gato alaranjado sobre seu colo-Já olhamos toda a região de ponta a ponta, onde ela pode estar?- Perguntou mais para si mesma com uma cara frustrada.
-Burgueses são tão estranhos para chegar ao ponto de por tanto dinheiro no pescoço de um gatinho- acariciou o gato que estava junto dele.
-Huh, você está certo- Ela gargalhou baixo.
Eles ouviram miados baixinhos vindo de não muito longe, pareciam filhotinhos. Galahad se levantou e procurou a fonte do barulho, a encontrando mais ao fundo do beco, lá estava um caixote com cerca de 6 filhotes acompanhados de sua mãe, que o moreno logo reconheceu.
-Veja só! Parece que enfim a encontramos- Ele sorriu com as sobrancelhas franzidas.
-Então foi por isso que ela não voltou para casa- pareceu encantada ao ver os filhotes tão fofinhos e aconchegados.
- Galahad
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Re: Leste da Cidade
Ter maio 23, 2023 7:55 pm
Galahad e Anikka conseguiram achar os gatinhos, o que Galahad achava que demoraria ainda mais para conseguirem. Não podia mentir que achou estranho ela fugir de casa para ter seus filhotes, mas se fosse da filha dos nobres... As coisas fariam mais sentido. Enfim, não pôde deixar de sorrir ao ver a gata e seus filhotes.
Annika se agachou e estendeu sua mão. A gata cheirou, cheirou e lambeu a ponta de seus dedos. Os olhos da garota brilharam.
- Eles são tão fofos! - Exclamou para o garoto.
- Sim, são mesmo. - Galahad se abaixou do lado dela, e sua mão virou brinquedo dos filhotes. - Já estão dentro de uma caixa, vai ser bom para levá-los de volta.
- Uhum, vai ser mesmo. Melhor irmos logo, antes que eles fiquem gelados.
Galahad ergueu a caixa por baixo, a pegando no colo. Era um pouco difícil de enxergar, então Annika se colocou ao seu lado para o guiar. Eles saíram do beco e andaram uma ou duas ruas, e alguns maltrapilhos encapuzados estavam fazendo um pedágio.
- Ei, vocês dois! - Gritou para a dupla.
- Nunca pode ser simples, né... - Reclamou baixinho para Annika, que suspirou. - O que foi? - Os questionou em um tom firme.
- O que estão carregando nessa caixa? - Perguntou para eles.
- Nada demais, só uns gatinhos que achamos num beco. - Annika respondeu por Galahad. - Eles parecem estar com frio, então queremos ir logo para dentro de algum lugar.
O grupinho se entreolhou. Annika os contou rapidamente, e viu que eram doze. Nove homens e três mulheres. Todos pareciam serem humanos.
- Seriam esses os gatinhos daquela recompensa na guilda? - O que parecia ser o líder se aproximou, e olhou para dentro da caixa. Annika conseguiu ver o rosto do homem. Uma cicatriz de uma machadada no olho esquerdo cego, cabelo laranja raso raspado dos lados e uma barba cheia, porém não longa. Ele parecia ser musculoso.
- Quem sabe? Apenas achamos eles e pensamos em adotar. - Tentou desconversar e deu dois passos para trás.
- Não, não. Definitivamente são eles. - Respondeu. - Por que os dois só não os entregam pra gente? Sabe, eles estão oferecendo recompensa só pela gata, vocês podem ficar com um dos filhotes.
- Só um? - A garota não gostou do rumo que a conversa estava tomando.
- Claro, sabem como está difícil conseguir comida, e meus rapazes estão famintos... - Falou fazendo drama.
Galahad olhou para Annika. Seu olhar fazia estar escrito em sua testa "É sério isso? Tão clichê assim?". A garota bufou.
- Sem acordo. - Respondeu. - Nós vamos levar os gatinhos para a guilda, e devolver para os donos.
- Ora, cala a boca, putinha! Com quem acha que está falando? - Ele puxou sua capa, e revelou seu corpo. Gordo, porém completamente diferente de seus antigos patrões: era gordura em cima de músculos fortes, para maximizar sua força e ser uma reserva de energia. - Nós somos o Martelo de Thor, uma party de aventureiros! Vocês vão se arrepender de não serem mais inteligentes, crianças!
Ele pulou e mirou socar os dois, mas ambos pularam para trás, fazendo-o acertar o chão. Annika deslizou de três, apoiando a mão esquerda no chão, enquanto Galahad pousou suavemente, olhando para os gatinhos. Todos estavam dormindo, e a gata parecia descontente com aquela agitação. Ele colocou a caixa no chão, tirou seu casaco e colocou por cima do caixote, e logo se virou para Annika.
- Cuidado para não perder a cabeça e usar sua magia. Eles são pessoas horríveis, mas são companheiros de guilda. Não podemos ter recompensas em nossas cabeças, e aqui não é um lugar para fazer parecer que monstros atacaram eles.
- Mas... Eles querem comer os gatinhos! - Annika manhou. - Eles não podem sair impunes!
- Sim... Vamos só colocar bom senso nessas cabeças ocas deles, Annika!
O homem mais forte gritou para o seu grupo, e eles começaram a correr para cima da dupla. Ele estralou os dedos em seus punhos, e correu para atacar eles. Annika puxou seu chicote, e estava um passo atrás de Galahad.
Galahad puxou sua espada, e defendeu o ataque de abertura do homem. Enquanto isso, Annika passava por trás deles, em direção aos outros daquele grupinho. Quatro deles se separaram e vieram para ajudar o chefe, indo para cima de Galahad. Aqueles pareciam ser os mais fortes, e deixaram os mais fracos para a garota. Ficou aliviado, assim não teria o perigo de Annika matar eles por colocar força demais em alguma magia ou chicotada.
Um tento o cortar com um machado, o que fez Galahad dar dois passos para trás, sentindo o vento gelado do corte. Outro já tentou o estocar com a lança em sequência, o que fez o de cabelos castanhos dar um passo para o lado para evitar aquele ataque, apenas para ver que dois de marreta surgiram pelas suas costas. Ele se agachou, e as duas marretas que miravam sua coluna e cabeça passaram zunindo por cima dele.
Galahad engoliu em seco. Geralmente sairia com velocidade, mas os gatinhos não aguentariam sua Godspeed. Precisariam bater neles até que os deixassem em paz. Espero que eles aprendam logo... Não podemos perder muito tempo...
Eles se separaram, e o rodearam, fazendo um pentágono ao seu redor. Os cinco partiram para cima em velocidade fechando os espaços, e quando poderiam jurar que acertaram algo, foi apenas o ar. Galahad esquivou para cima, longe dos seus ataques. No meio do salto, o líder pulou para o atingir. Ergueu seu punho direito, iluminando com magia e abriu um sorriso. Galahad colocou sua espada na frente, fazendo que o homem acertasse a parte lateral da lâmina.
- Contrachoque! - Gritou, seguido de uma pequena explosão mágica.
O impacto arremessou o homem para o chão, que gerou uma pequena onda de impacto limpando a neve. Não parecia ter se machucado, mas Galahad voou mais alto no ar.
- Ele é mais forte do que parece! Não se segurem! - Gritou um com marreta ao ver seu chefe cair.
Ele e o seu amigo com marreta pularam para cima do rapaz. Novamente Galahad se colocou na posição de defesa, e fechou o cenho. Eles engatilharam os golpes com as cabeças das armas longe, para terem ainda mais força.
- Acha que uma espada vai te salvar de duas marretas? - Gritou com escárnio.
Eles cobriram rapidamente a distância no ar. O de olhos verdes prestou atenção nas cabeças das marretas, procurando magia, mas não achou. Posicionou melhor sua defesa, e ambos acertaram com toda a força seus ataques na espada de Galahad. Quando conectaram, romperam a película mágica novamente.
- Contrachoque! - Galahad foi jogado ainda mais para cima, e ambos desceram como dois cometas. - Eles são bem burros...
Ativando seu Kosmos Øyne, viu que um ataque mirando em seu pé se aproximando rapidamente. Baixou sua guarda pela distância, não tinha como desviar no ar. Quando o atingiu, sentiu que grudou e o puxou para o chão, o jogando com tudo no solo, fazendo uma cratera. Uma magia pegajosa, talvez algo de slime.
Ele se levantou no buraco se apoiando na espada, balançou a cabeça e cortou a magia que o prendeu. Olhou para os seus inimigos em sua frente. O dois das marretas estavam caídos e desmaiados, mas os outros dois, junto do líder, estavam de pé. Um havia pego a caixa dos gatos.
- Essa sua espadinha deve ter um limite, não é, moleque? Vamos testar e ver onde ele está... - Ele disparou com toda velocidade que não deveria ter para cima de Galahad, e com o punho brilhando, acertou um golpe no garoto, que foi defendido pela espada.
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